“É Possível Amar Duas Pessoas ao Mesmo Tempo”? (2)
Há algum tempo pesquiso o comportamento do ser humano e entre outras coisas procuro investigar se as pessoas buscam parceiros ou sentimentos para viver um grande amor e, na maioria das vezes encontro as duas opções. Existe a procura de um sentimento pleno que denominam “amor” e a busca intensa de parceiros para compartilhar a vida, que compreendam seus medos e angustias, que os faça rir, que saiba brincar, que os faça sentir bem consigo mesmo. Fica evidenciado que “doar amor” ao outro é ação desqualificada ou esquecida, o importante é preencher os seus espaços vazios e amenizar suas carências. Normalmente as pessoas se deixam envolver totalmente pela ilusão e fantasia e ao imaginar que estão apaixonadas por alguém, na realidade estão apaixonadas pelo “amor”. E isto independe da idade ou sexo. Por vezes o entusiasmo é tão intenso e a pretensão de acabar com a solidão é tanta que algumas vezes não conseguem distinguir amor de atração, amor de fantasia, amor de status, amor de carência. E assim caminham pela vida convivendo com as frustrações, fracassos e lamúrias, apontando defeitos nos parceiros e experimentando novos tipos de relacionamentos a fim de encontrar o impossível: “O parceiro perfeito”. Muitas vezes encontrei pessoas que dizem amar mais de um parceiro ao mesmo tempo, e esta certeza deixa as mesmas dominadas por ansiedade, timidez e acima de tudo “culpa”. Na maioria das vezes dizem amar duas pessoas ao mesmo tempo. Mas, apesar de tudo isso as sensações de bem estar, de aceitação, de paixão, de complementação, superam as emoções negativas. Alegam que admiram determinadas características em cada parceiro e cada um oferece diferentes possibilidades de felicidade, além de deixar sua auto – estima em alta! Normalmente faço questionamentos, não sou adepta a receitas prontas, acredito que todos têm possibilidade para descobrir suas potências e permissões. Assim sendo, gostaria de sinalizar caminhos para desmontar algumas crenças que estas pessoas, tal como nós trazem no pacote da vida:
Será que “amam” realmente estes parceiros?
Não será apenas um jogo ou um relacionamento sufocante?
Até que ponto sente amor por si mesmo?
Qual a diferença entre amor e carência?
Qual a diferença entre estar só e solidão?
Você é uma boa companhia prá você mesmo? Gosta de ir com você ao cinema?
Será que você está pronto para “doar” e “compartilhar” seu amor com um parceiro sequer?
Não são poucas as vezes que perdemos a clareza mental e apenas nos damos conta disto ao responder as questões acima mencionadas. Todos nós erramos, “pisamos na bola” e só crescemos com nossos erros quando decidimos assumir e “corrigir” os mesmos. Não existe certo e errado no que se refere ao “doar amor”, cabe a cada um fazer o seu melhor, ser leal a seus próprios princípios, ser, agir e falar de acordo com sua verdade e não com aquilo que o outro gostaria de ouvir. Quando você sentir que está pronto para doar seu amor sem egoísmo e quando apegos, dependências, carências, medos, jogos emocionais e outras emoções negativas estiverem afastadas ou neutralizadas, vá em frente! Permita-se amar, permita-se ser amado...
E, se tiver plena certeza que tem capacidade para amar duas ou mais pessoas ao mesmo tempo reflita sobre a possibilidade de compartilhar a verdade com as mesmas, assim sua autenticidade será preservada.
LilianNakhle
Enviado por LilianNakhle em 06/08/2008
Alterado em 22/07/2011 Copyright © 2008. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |