“O Tempo me Guardou Você” Se ao ler este título, você querido leitor, pensou encontrar uma poesia, acertou! Foi uma poesia e após insistentes “soluços mentais” foi traduzido no artigo a seguir. Muitos de nós recebemos certos mandatos em nossa infância que nos acompanham por muito tempo e, caso não fiquemos atentos, podem fazer parte de nossa história de vida eternamente. E é aí que a coisa “pega”, que “trava” nossa evolução emocional! Um dos mandatos que recebemos quando crianças é que encontraremos nossos príncipes ou princesas e com eles viveremos até que a morte nos separe. Ou pior ainda, viveremos “felizes até que a morte nos separe”. Tudo inserido numa sociedade controladora, repressora e infelizmente ainda altamente preconceituosa que condiciona os casais a constituir uma família o mais breve possível, afinal, se casados estão o que esperam para receber o “primeiro” filho? E depois, questionam quando virá o segundo e por aí vai... Será que as emoções e o verdadeiro “amor” são valorizados adequadamente ou ficam abaixo das convenções impostas? Até que ponto pessoas acima dos 40 anos, que estão solteiras ou divorciadas há mais de 10 ou 20 anos, estão sozinhas por opção e extrema lucidez? Digo lucidez e clareza mental por sentirem que o amor absoluto não precisa de certificado de garantia, e muito menos comprometer o mesmo com suas projeções e frustrações do passado. É raro, mas ainda existem pessoas que acreditam e vive o amor absoluto, pessoas conscientes que “amor” não é algo que a gente “pega”, que a gente “guarda num potinho” e obviamente junto com ele vai junto o objeto de desejo: a tal “pessoa amada”. E são estas pessoas que desistiram de ficar procurando os príncipes e princesas... Aprenderam com as dores dos amores, com as frustrações ao perceberem que o “faz de conta” não existe, mas foram guerreiras para prosseguir na sua Busca. Uma busca interior, de harmonia consigo, com seus propósitos e ideais de amor absoluto. Aquela busca de um amor forte, valente, que não trai, que sabe doar sem esperar, que são cúmplice e amigo, que a gente encontra aqui, dentro da gente. Então fica fácil. Aprendemos a amar a nós mesmos! Ficou gostoso levar a gente mesmo ao cinema, temos prazer ao ficar em nossa companhia (claro que não por muito tempo, amigos são imprescindíveis), e não preciso de um principe ou princesa para me fazer feliz. E de repente a gente percebe que “aquele” amor que merecemos receber para compartilhar, que por tantas vezes sonhamos e pensamos não chegar mais... Ficou guardado. Mas, não dentro de um potinho... “O Tempo me Guardou Você!”
LilianNakhle
Enviado por LilianNakhle em 19/11/2008
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