"MEU FILHO E ESTA “MANIA DE APARECER”!
É comum seu filho de quatro anos alterarem seu comportamento, uma vez que nesta fase ele pode sentir receio que não é mais o “reizinho” da família.
Então, procura vários tipos de comportamento, como interromper as conversas, mudar o tom e forma de falar (imita um bebê), etc...
Muitos pais não sabem como conduzir estas situações e encontram dificuldade em repreender tais comportamentos, perdem a paciência e ficam confusos na forma de educar seu filhote.
Gostaria de ressaltar que esta é uma fase de transição, e apesar do “egocentrismo” ainda ser presente, ou seja, ela acredita que tudo existe por e para ela, é importante saber que carência e insegurança são apresentadas neste momento. Assim, é interessante que os pais podem enfrentar esta fase sem desgastes valorizando o crescimento de seu filho. Começar a fornecer certa autonomia e responsabilidade, como ajudar a fazer compras, convidá-lo a preparar algo gostoso e fácil na cozinha, ou ir com o papai levar o carro para lavar, são atitudes que ajudam a criança a perceber que não ser mais bebê, é interessante, pois, além de receber elogios, pode ter prazer garantido.
Demonstrar indiferença às birras pode agravar uma suposta carência, e aumentar a necessidade de chamar atenção. É preciso dar atenção na hora certa. Logo, mesmo que esteja exausta e ocupada, atenda ao primeiro chamado da criança, verifique sua solicitação e volte ao que estava fazendo. Não permita que ela fique aos berros pedindo sua atenção.
Porém, impor limites é fundamental para que a criança perceba que o mundo não gira em torno dela. Para isto ela não pode exercer controle sobre você, seja um adulto seguro e reprima quando alguma birra acontecer. Mostrar que reprova sua atitude, explicar o motivo pode ser suficiente, mas se necessário retire-o do local ou de “cena”.
Finalmente, lembre-se de negociar alguns comportamentos, é o que chamo de “combinados”. Deixe claro que certas medidas serão tomadas, caso a criança não cumpra sua parte.
Ex: “Quando mamãe acabar uma conversa, você terá minha atenção. E cabe a você esperar, sem manhas ou gracinhas.”
Cabe ao adulto exigir com firmeza o cumprimento de certas regras e, principalmente deixar claro que também existem comportamentos “sem negociação”, que vão desde riscar paredes e sofás, até agredir as pessoas.
Acredito que reservar um tempinho só para vocês dois é imprescindível, nem que sejam alguns minutos para compartilhar as novidades do dia de vocês dois, ou para uma brincadeira que seu filho adore.
Pais (ou adultos) assertivos, afetuosos, com atitudes positivas, garantem a formação de filhos seguros de seu amor, e cientes de seus limites e respeito ao próximo.
Lilian Nakhle
Psicoterapeuta/Psicopedagoga
Escritora: “Anjos não tiram Férias”, e outros.