"Manipuladores Contaminham Relacionamentos" (Parte 1) Os manipuladores necessitam exercer o controle de todas as situações e principalmente das pessoas que os cercam. Em geral buscam a vulnerabilidade e os pontos frágeis do outro, sendo que seus parceiros ou amigos são pessoas co-dependentes, possuem um mandato interior de "salvador", ou possuem complexo de culpa, não sabem dizer "não", temem e evitam o confronto. O objetivo do manipulador é destruir, e para tal desqualificar o que o outro faz ou diz, mas inicialmente são extremamente sedutores, gentis e lentamente vão mudando seu comportamento e passam a ofender gritar e até mesmo a criticar o outro com seu olhar. Nos relacionamentos amorosos o manipulador tem necessidade de controlar o parceiro uma vez que o controle lhe dá a sensação de mais conforto, menos ansiedade e mais certas de que tudo vai acontecer de forma previsível. A necessidade emocional de uma pessoa dá muito poder para aquele de quem temos necessidade e é comum aparecer o medo não demonstrado de que colocamos a nossa felicidade nas mãos de alguém. A necessidade não vem da força, mas de um sentimento de insegurança (a pessoa não acredita que o parceiro o ame, não confia no seu amor, pois se o fizesse, poderia lhe permitir ser livre e fazer o que ele tivesse vontade). Uma vez que não existe segurança, existe sempre uma necessidade intensa de ter certeza de saber exatamente onde e com quem está o parceiro, e até mesmo de fazer com que o outro deixe de lado suas atividades habituais, para assim aumentar a dependência. Se em algum momento o manipulador não encontra o parceiro pelo celular, passa a ligar frenéticamente a cada minuto, porque ao não conseguir manter contato, lhe dá a sensação de estar "perdendo a pessoa" (como se a mesma fosse sua propriedade), é como não acreditar que o outro retorne sua ligação. São inúmeras as formas de exercer o controle num relacionamento. Um dos padrões envolve a restrição de comportamento, ditando como o outro deve agir encorajando ou não certos comportamentos. Um clássico exemplo é a mulher pressionar o homem para agir de forma mais "madura", pois muitas vezes isto não tem nada a ver com a expectativa do mesmo. Muitas vezes esta é uma tentativa velada de deixar o homem menos livre, mais introspectivo, e, portanto menos imprevisível. O controle também é exercido por uma manipulação direta da atividade do parceiro, ou seja, utilizando um disfarce: "Só vim até aqui para saber se você está bem". Outra forma mais disfarçada e o jeito mais comum de controlar é demonstrar ser generoso (a) e tomador (a) de conta do outro. Este tipo de controle na verdade não passa de uma tentativa de assegurar uma posição de força no relacionamento, fazendo com que o outro necessite de sua ajuda. É importante destacar que o maior sentimento de segurança nasce quando somos livres para amar completamente. O controle do manipulador impede a liberdade individual de ir e vir do outro, e o relacionamento não é baseado na cumplicidade e intimidade, e em vez de fortalecer o parceiro, como o amor pode fazer, ele diminui a liberdade pessoal, cria ressentimento e faz a outra pessoa necessitar e querer se libertar. Lilian Nakhle Gente e Psicoterapeuta, Psicopedagoga Neuroped. Aprendizagem. LilianNakhle
Enviado por LilianNakhle em 03/06/2011
Alterado em 22/07/2011 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |